NOTÍCIAS
13 DE NOVEMBRO DE 2023
Ciclo de visitas irá monitorar integração plena da PDPJ-Br e uso de soluções desenvolvidas
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promove, até julho de 2024, um ciclo de visitas institucionais aos tribunais brasileiros em todas as unidades da Federação a fim de assegurar a integração à Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ-Br) e a qualificação dos dados transmitidos ao Codex (plataforma de extração de dados e informações processuais) e ampliar o uso das soluções desenvolvidas no âmbito do Programa Justiça 4.0.
As próximas visitas acontecem no Pará (29/11), no Ceará (1º/12) e na Bahia (5/12). Estas duas últimas contarão com a presença do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.
A primeira reunião aconteceu em Mato Grosso, em 31 de outubro, com o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), a seção judiciária de Mato Grosso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e o Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23). “A colaboração [dos tribunais] é muito importante porque permitirá a interoperabilidade entre os sistemas e o uso de ferramentas nacionais desenvolvidas pelo CNJ, que vão permitir tornar a Justiça mais ágil e eficiente”, declarou Barroso em vídeo gravado para a reunião.
Para a presidente do tribunal estadual, Clarice Claudino da Silva, a oportunidade de sediar a primeira visita da nova gestão do CNJ representa uma valorização do trabalho do tribunal. “Isso nos engrandece, mas também nos coloca numa posição de darmos o nosso melhor para contribuir e dar um bom exemplo, de modo que todos os demais tribunais se sintam incentivados a colaborar. Também com este grande intento à interlocução e à ligação entre nossos sistemas”, afirmou. O TJMT foi o primeiro tribunal do país a enviar comunicações processuais pelo Domicílio Judicial Eletrônico, além de testar, em caráter piloto, o módulo de reconhecimento facial do SEEU.
“O CNJ não tem a pretensão de desenvolver tudo sozinho. No mundo em que vivemos, não é concebível toda essa concentração. Temos excelentes desenvolvedores por todo o país: equipes que trabalham na ponta, com suas demandas e particularidades. Pretendemos contar com esse esforço e massa crítica para desenvolver todos os sistemas nesse paradigma colaborativo da gestão judiciária”, afirmou o secretário de Estratégia e Projetos do CNJ, Frederico Montedonio Rego.
Plataforma única
Após a solenidade de abertura, foi realizada reunião técnica com servidores, magistrados e responsáveis técnicos das unidades de Tecnologia da Informação (TI), capacitações e comunicação. Na ocasião, foi apresentado o status de integração dos ramos de Justiça no Mato Grosso e os tribunais se comprometeram a definir indicadores para monitorar a implantação da PDPJ-Br e do Codex.
“O Programa Justiça 4.0 está em seu terceiro ano e teve como foco inicial a conexão dos sistemas à PDPJ-Br e ao Codex, além de ter disponibilizado serviços e módulos, como o Sniper, Prevjud e Domicílio Judicial Eletrônico. Mas o Programa não se encerra aí. Precisamos avançar na integração dos tribunais para ter, de fato, a experiência de plataforma única do Judiciário”, explicou Alexandre Libonati, juiz auxiliar da Presidência do CNJ.
É esse o intuito do Portal de Serviços, iniciativa em desenvolvimento que oferecerá ganhos para usuários internos e externos ao Judiciário ao fornecer uma interface única de entrada. “Em um único ambiente, será possível peticionar para a Justiça do Trabalho, a Justiça Federal e a Justiça Estadual. Não teremos mais aquele grande volume de sistemas periféricos: haverá somente uma interface. Isso se tornará possível apenas com a plena integração à PDPJ-Br”, explica Dorotheo Barbosa Neto, juiz auxiliar do CNJ que apresentou as soluções aos tribunais.
Também estiveram em pauta a expansão do uso de soluções do Programa Justiça 4.0, como Domicílio Judicial Eletrônico, Sniper, Prevjud e Sistema Nacional de Gestão de Bens (SNGB), e a criação de uma estratégia de capacitação de servidores e magistrados, bem como de comunicação e divulgação das iniciativas.
Justiça 4.0
O Programa Justiça 4.0 é uma parceria entre o CNJ, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Conselho da Justiça Federal (CJF) e desenvolve soluções tecnológicas disruptivas para acelerar a transformação digital do Poder Judiciário brasileiro. A iniciativa conta com o apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Texto: Vanessa Maeji, com informações do TJMT
Edição: Ana Terra
Agência CNJ de Notícias
The post Ciclo de visitas irá monitorar integração plena da PDPJ-Br e uso de soluções desenvolvidas appeared first on Portal CNJ.
Outras Notícias
Anoreg RS
01 DE JULHO DE 2024
Parlamentares defendem mudanças para implantação do cadastro rural
A Comissão Mista de Mudanças Climáticas discutiu as dificuldades e os desafios na implementação do Código...
Anoreg RS
01 DE JULHO DE 2024
Saiba mais: Como mudar o nome e gênero no cartório civil
Para fazer a alteração é preciso apresentar documentos pessoais
Anoreg RS
01 DE JULHO DE 2024
TRT-3 autoriza identificação de casamento e regime de bens de devedor
Caso sobre ação de execução, na qual diversas tentativas de localizar bens dos executados já foram realizadas.
Anoreg RS
01 DE JULHO DE 2024
Filha pode excluir sobrenome de pai biológico após abandono afetivo
TJ/DF afirmou que o direito ao nome é um direito fundamental e sua modificação pode ser admitida em situações...
Anoreg RS
01 DE JULHO DE 2024
Reforma no Código Civil: 5 principais propostas de alteração nas sociedades limitadas
Em 17 de abril, o Senado recebeu o anteprojeto do Código Civil, elaborado por uma comissão de juristas renomados...